A relação entre o bem-estar da vaca e a qualidade do leite
Aposto que você nunca tinha pensado sobre como as vacas se sentem e como isso influencia a qualidade do leite.
A gente explica: as vacas conseguem reconhecer as pessoas. Portanto, qualquer atitude negativa nessa interação pode causar estresse, medo ou dor ao animal.
Já está provado que a interação humano-animal impacta as emoções dos animais.
Para saber se esta interação é boa ou ruim usamos alguns indicadores, como a “distância de fuga”. Significa que, se uma pessoa se aproximar de uma vaca sem que esta mude de posição, existe uma relação de confiança que fará com que o animal não tente fugir.
Os indicadores do tratamento às vacas durante o pastoreio e a ordenha também revelam o tipo de relação que se estabelece entre o humano e o animal.
Que tipos de comportamento social se observam nas vacas?
Como isso pode revelar se elas são bem tratadas ou não?
Podemos citar dois comportamentos bem comuns: os positivos e os agressivos.
Logicamente, um comportamento agressivo surge como reação ao estresse causado por maus tratos ou condições degradantes.
Já os comportamentos sociais positivos se manifestam naturalmente em grupos e contribuem para manter a coesão e o bom funcionamento do rebanho.
Por exemplo, o aliciamento social, a brincadeira e a proximidade com outros membros do rebanho.
Nessas interações acontece a liberação da ocitocina, hormônio relacionado às funções reprodutivas e de ordenha.
É esse hormônio que, entre diversas funções, permite que o leite desça no momento em que a vaca é ordenhada.
Vacas leiteiras têm comportamento hierárquico e gostam de estar juntas.
Portanto, o isolamento dos animais deve ser evitado, a menos que seja estritamente necessário, e sempre permitindo que o animal mantenha contato visual com o restante do rebanho.
Nossas vacas são criadas em sistemas de agricultura familiar e isso contribui para o seu bem-estar.
Verdade, viu? Nossas vaquinhas são tratadas com respeito, não confinadas, em contato com a natureza e muito saudáveis.
Por conta desse estilo de vida, elas adoecem menos e raramente precisam receber um antibiótico.
Também por isso elas produzem ocitocina suficiente e o leite desce que é uma maravilha, sem hormônios artificiais.
Nós respeitamos os animais, a natureza e a saúde do consumidor.
Um brinde (com leite) às nossas vaquinhas e aos seus tratadores, nossos parceiros nessa linda jornada por um mundo melhor e mais sustentável.