Laticínios Holandês

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Conheça a história da colonização holandesa no Brasil e em SC

Um número significativo de imigrantes holandeses vindos da Europa estabeleceu-se na região Sul do Brasil desde o século XIX. Esses imigrantes desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento da produção de leite e de laticínios no País.

Embora a imigração holandesa tenha sido menos expressiva do que a de outros grupos de imigrantes, os holandeses formaram cooperativas e empresas agrícolas em todas as regiões onde se estabeleceram, colaborando assim com o desenvolvimento da produção de leite e da economia brasileira.

Mas você já conhece a história da colonização holandesa no Brasil e em Santa Catarina? Sabe onde eles estabeleceram colônias? Conhece a história da família Papenborg e do Laticínios Holandês? Veja, a seguir, como ocorreu a colonização holandesa no Brasil e saiba qual foi a sua contribuição para o desenvolvimento da produção de leite e de laticínios.

Entenda como foi a segunda fase da imigração holandesa

A segunda fase da imigração neerlandesa ocorreu de 1946 a 1976, quando 6.098 holandeses imigraram ao Brasil. A Europa toda sofria com os rigores e os traumas deixados pela Segunda Guerra Mundial.

O governo holandês e várias organizações do país incentivaram a emigração pelo mundo afora. Ao mesmo tempo, o governo brasileiro procurava aumentar a produção de produtos agrícolas e laticínios, estimulando a vinda de colonos.

Em 1948, um grupo de cerca de 500 holandeses fundou a colônia católica de Holambra, próximo a Campinas, no interior de São Paulo. Em 1951, inicia-se o cultivo de flores, expandido entre 1958 e 1965. A região assim se tornou a maior produtora e exportadora florícola do Brasil, e Holambra hoje é conhecida como “a cidade das flores”.

Em 1949, imigrantes neerlandeses estabelecemse em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul. Eles formaram o último grupo de imigrantes, depois dos portugueses, alemães e italianos, a fixarem-se na região. Por isso, adquiriram terras desgastadas e rejeitadas pelos imigrantes alemães. Ainda assim, foram capazes de estabelecer modernas empresas agrícolas, com o plantio de batata e milho, posteriormente tornando-se grandes produtores de soja e trigo.

Em 1951, outro grupo de imigrantes holandeses, oriundos das províncias Drente e Overijssel, junto aos filhos dos colonos de Carambeí, estabeleceram a colônia Castrolanda, no Paraná. Eles então fundaram a Sociedade Cooperativa Castrolanda, considerada a mais produtiva e avançada bacia leiteira do país, também responsável por uma considerável produção de grãos.

Em 1960, um novo grupo de imigrantes neerlandeses estabeleceu-se em Arapoti, no Paraná. Lá, eles fundaram a Cooperativa Agropecuária Arapoti (Capal), cuja principal atividade econômica é a suinocultura.

Esses holandeses trouxeram consigo alguns equipamentos agrícolas, maquinários para a instalação de uma pequena fábrica de laticínios e mil cabeças de gado holandês, preto e branco, de alta linhagem. Além disso, eles sempre mantiveram um intercâmbio muito forte com o país de origem, o que facilitou a vinda de novas tecnologias e informações que fortaleceram a produção agropecuária.

Holanda ou Países Baixos?

Embora a maioria dos brasileiros tenha se habituado a chamar o os Países Baixos de “Holanda”, esse não é o nome correto de todo o território. O País é dividido entre Holanda do Norte e a Holanda do Sul, províncias que somadas a mais dez territórios compõem o chamado Países Baixos. Uma vez que a Holanda era a província mais famosa da região, tornou-se mais comum no Brasil referir-se aos Países Baixos por esse nome.

A mesma generalização ocorreu com o idioma. A língua falada nos Países Baixos é o neerlandês. Como a Holanda não é um país em si, então o “holandês” foi apenas uma designação mais coloquial para o idioma neerlandês. Em função do idioma, os habitantes dos países baixos também são conhecidos por neerlandeses.

Veja como ocorreu a imigração holandesa em Santa Catarina

Em 1959, Biguaçu recebeu 22 famílias de imigrantes holandeses. Eles foram assentados em Tijuquinhas, onde o governo catarinense organizou uma colônia agrícola de vida ínfima. Esses imigrantes saíram da Holanda arrasada pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em busca de uma terra melhor para viver e acabaram aportando no Brasil.

Porém, a grande maioria dessas famílias não se acostumou ao trabalho agrícola e decidiu ir embora. Apenas cinco delas permaneceram: os Bovees, Papenborgs, Kroons, Woppereis e Smulenaars.

Na década de 1980, os Papenborg fundaram a empresa que alavancou a industrialização do leite na região, o Laticínios Holandês, situado na divisa entre Biguaçu e o município vizinho de Governador Celso Ramos. Começava, assim, a história de sucesso de uma das mais importantes empresas do ramo de laticínios do País.

Vaca holandesa é maior produtora de leite

A raça Holandesa é conhecida como a maior produtora de leite do mundo. Ela pode atingir mais de 50 litros de leite em um mesmo dia, em cerca de três ou quatro tiradas. Além disso, o seu leite é muito apreciado porque apresenta pouca gordura.

Conheça a história do Laticínios Holandês

Em 1953, Johannes Bernardus Egberhis Papenborg e a sua esposa, Maria Frederika Krabben, deixaram a miséria que assolava a Holanda no pós-guerra e vieram para o Brasil em busca das oportunidades que o Novo Mundo prometia. Eles desembarcaram inicialmente em Holambra, cidade fundada por imigrantes holandeses no interior de São Paulo, que depois se tornaria o principal polo de plantas ornamentais do País. Ali eles trabalharam no cultivo de flores por seis anos.

Contudo, o empreendedor Papenborg queria mais. Em 1959, o casal se mudou para Santa Catarina, juntamente com outras 12 famílias holandesas, para fundar a colônia agrícola Aderbal Ramos da Silva, em Tijuquinhas (atualmente, Governador Celso Ramos).

Na nova  propriedade, Papenborg investiu no cultivo de milho, mas as enchentes destruíram as suas duas primeiras lavouras. O mesmo aconteceu com outros imigrantes, que acabaram decidindo abandonar a região. Porém, Papenborg não esmoreceu. Com muita dedicação e trabalho, ele adquiriu as primeiras vacas holandesas e passou a vender leite e outros produtos derivados.

Na casa da família, localizada em Governador Celso Ramos, foi criada uma pequena loja, onde os turistas que visitavam a região encontravam iogurtes, queijos e outros laticínios frescos. Ali também ficava a pequena indústria familiar que vendia produtos de porta em porta.

Em uma tarde de 1975, um empresário de uma importante loja de produtos naturais de Florianópolis passou pela fazenda e pediu para experimentar o iogurte que Papenborg produzia. Ele ficou encantado com o sabor e a qualidade da iguaria e encomendou galões do produto, que fez um enorme sucesso.

A fama dos produtos da família Papenborg foi passando de boca em boca, as vendas logo aumentaram, e a pequena fábrica familiar se tornou uma grande indústria. Foi assim que, em 1987, três dos filhos do casal, Johannes, Paulo e Mario Papenborg, criaram, no mesmo terreno, a Papenborg Indústria de Laticínios. Mas esse crescimento ocorreu sem que os produtos produzidos jamais perdessem a qualidade, o sabor e as características saudáveis dos produtos caseiros.

Atualmente, a fábrica de Laticínios Holandês conta com 70 funcionários diretos e 84 indiretos, além de 660 pequenos produtores de toda a Santa Catarina.

Além do leite Holandês, a empresa produz uma variada linha de produtos, entre queijos, doce de leite, iogurtes e bebidas lácteas em vários sabores e formatos, que são distribuídos para hipermercados, supermercados de diferentes portes, padarias e lojas de produtos naturais em toda Santa Catarina.

Como vimos, a imigração holandesa para o Brasil formou colônias nos Estados do Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Eles formaram colônias e cooperativas de produção agrícola e pecuária, contribuindo significativamente para o desenvolvimento da produção de leite no País.

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