Práticas sustentáveis adotadas na produção de leite
A utilização de práticas mais sustentáveis e amigáveis ao meio ambiente na produção de leite ganha cada vez mais importância na escolha dos consumidores pelos produtos consumidos. Em sintonia com essa nova consciência, muitos produtores de leite já se deram conta de que é possível conciliar viabilidade econômica, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental.
Além de trazer melhorias à produção e ao manejo dos animais, algumas práticas adotadas no processo de produção do leite, como o sistema de pastagem rotacionado e o tratamento de resíduos, podem colaborar significativamente para a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente.
Você conhece as práticas sustentáveis utilizadas na produção de leite? Sabe como é feito o tratamento de resíduos? Conhece os benefícios do pasto rotacionado? A seguir, você poderá conhecer algumas práticas sustentáveis e saudáveis adotadas na produção de leite.
Veja a importância de adotar práticas sustentáveis
Além da preocupação com o bem-estar dos animais, muitas ações podem ser realizadas para proteger o meio-ambiente e reduzir o impacto ambiental no processo de produção de leite.
Por outro lado, um sistema de produção de leite não sustentável causa inúmeros problemas ambientais, como degradação dos solos, erosão e aquecimento global, afetando diretamente os meios de produção.
Algumas práticas adotadas na produção podem contribuir para um meio ambiente mais sustentável:
* As dietas dos animais devem ser bem balanceadas, tanto para se obter maior eficiência produtiva dos animais quanto para reduzir a excreção de nutrientes nas fezes e na urina.
* Os bebedouros de fonte artificial devem permitir o fácil acesso dos animais e o fornecimento de água limpa. Apesar de permitido pelo Código Florestal, os produtores de leite devem evitar que os animais tenham acesso a rios e córregos, evitando a erosão e o assoreamento.
* Os bebedouros de fonte artificial devem permitir o fácil acesso dos animais e o fornecimento de água limpa. Apesar de permitido pelo Código Florestal, os produtores de leite devem evitar que os animais tenham acesso a rios e córregos, evitando a erosão e o assoreamento.
* Os dejetos gerados pela produção leiteira devem ter tratamento e destino final adequados. Afinal, a destinação dos dejetos animais necessita de rigoroso controle para não contaminar os recursos hídricos da propriedade leiteira e as propriedades vizinhas, além das bacias leiteiras.
* Uma boa prática é o uso de esterqueiras, que permitem a fermentação do esterco, diminuindo o seu poder poluidor e possibilitando o seu aproveitamento posterior como fertilizante em lavouras e pastagens. Desse modo, os pequenos produtores podem ter um pasto mais rico em nutrientes para as vacas, sem a utilização de agrotóxicos e fertilizantes químicos. Esse recurso também evita a contaminação de rios e córregos pelos dejetos dos animais.
* Além disso, as técnicas de manejo que envolvem contato do esterco com o ar, com a dispersão de dejetos diretamente em culturas ou pastoreio, são capazes de limitar o potencial de produção de metano, um dos gases de efeito estufa prejudiciais ao meio ambiente.
* Outro aspecto importante a ser observado é com relação às embalagens de fertilizantes e agrotóxicos, que devem ter uma destinação correta para evitar a contaminação das áreas. A armazenagem desses materiais deve ser feita em depósito especial, coberto e separado de qualquer medicamento, alimento ou animal e salvo de umidade.
Conheça os benefícios do pasto rotacionado
O sistema de pasto rotacionado permite um maior aproveitamento da terra e garante uma produção maior de leite em uma área menor, reduzindo custos e aumentando a eficiência econômica das propriedades agrícolas.
Essa prática tem por objetivo utilizar de modo mais sustentável e racional possível as fases fisiológicas do capim, tal qual a rebrota e o crescimento da planta forrageira. Busca-se assim tirar o máximo potencial da pastagem na fase de maior desenvolvimento, quando a utilização dos fatores de produção (água, luz, calor e nutrientes) é mais intensa e eficiente.
Pesquisa realizada no Center for Sustainable Agriculture, nos EUA, demonstra que a produção de leite a base de pasto sob sistema Voisin apresenta índices de sustentabilidade superiores em cinco indicadores quando comparada com a produção confinada ou mesmo o pastoreio contínuo.
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A técnica, idealizada pelo pesquisador francês André Voisin, tem como insumo base a energia solar, focando no potencial fotossintético das pastagens. As pastagens são divididas em piquetes, de modo que enquanto uma área está em uso, outras fiquem em descanso.
Dessa maneira, favorece-se a regeneração do capim e a realização da fotossíntese, a partir do acúmulo das reservas tanto energéticas quanto proteicas nas raízes das plantas. Nesse processo, os recursos naturais são conservados e o emprego de energia e insumos é reduzido, gerando um maior equilíbrio ecológico da região e um menor impacto ambiental.
Além disso, os animais ficam mais dóceis, graças à abundância de água e alimento que eles têm à disposição. Também se verifica uma redução da ocorrência de zoonoses e uma maior resistência do pasto às variações no ambiente natural.
A ação das fezes e da urina que os animais depositam no piquete ao longo do dia também colabora para a manutenção da fertilidade das pastagens. Este retorno da matéria orgânica ao solo permite a permanente reciclagem de nutrientes. O solo, antes seco pelo pisoteio excessivo, passa a ser descompactado e volta a ser permeável.
Conheça as ações do Laticínios Holandês na área de sustentabilidade
A Laticínios Holandês investe em tecnologia para gerar o menor impacto possível à natureza.
O leite produzido pela empresa é todo fornecido por cerca de 660 pequenos produtores de Santa Catarina selecionados e indicados pela EPAGRI. Todos eles têm um plantel de gado de alta qualidade, graças ao cuidado com os animais e a um ótimo manejo dos rebanhos.
Em busca de tornar a sua produção mais sustentável, o Laticínios Holandês oferece aos seus produtores consultorias agroecológicas para a adoção de um sistema de pasto rotacionado.
A empresa também assessora os pequenos produtores na construção de esterqueiras, que permitem a fermentação do esterco, diminuindo o seu poder poluidor e possibilitando o seu aproveitamento posterior como fertilizante em lavouras e pastagens.
Além disso, a estação de tratamento de fluentes utilizada pelo Laticínios Holandês permite que os resíduos que saem dos laticínios sejam decantados e a água que volta para o meio-ambiente seja totalmente limpa.
A preocupação ambiental do Laticínios Holandês pode ser percebida ainda na escolha dos materiais das embalagens dos produtos, todos eles feitos de saquinhos plásticos. Esse tipo de material é de fácil reciclagem e causa menos impacto ao meio-ambiente do que outras embalagens.
Como vimos, algumas práticas adotadas na produção de leite são capazes não apenas de tornar o processo produtivo mais eficiente, mas também de contribuir com a sustentabilidade ambiental.