Saiba como os robôs são utilizados nos EUA
A propriedade rural Homestead Dairy, do pecuarista Brian Houin, localizada em Plymouth, no estado de Indiana, utiliza 36 robôs Lely Astronaut para ordenar as suas 2,2 mil vacas leiteiras.
A automatização da fazenda começou em fevereiro de 2017, com seis robôs, e três anos depois a propriedade se tornou a maior fazenda robotizada dos EUA. Os seus ganhos aumentaram de 30% a 40% graças à ordenha robotizada.
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Cada robô é responsável pela ordenha de 60 vacas, operando em um sistema de confinamento do tipo free stall. A produção é de cerca de 86 mil litros de leite por dia. Em outro alojamento, outras 1,8 mil vacas são ordenhadas de modo convencional, três vezes ao dia.
Ao comparar os dois sistemas de ordenha, o pecuarista verificou que as vacas ordenhadas pelos robôs produzem de dois a três litros de leite a mais por vaca que aquelas ordenhadas de modo convencional, sem qualquer custo adicional de alimento.
Segundo o produtor, a eficiência do trabalho e a redução da mão de obra são as motivações para o uso dos robôs, uma vez que encontrar mão de obra é cada vez mais difícil na região. Houin garante que os robôs proporcionaram entre 30% e 40% de economia de trabalho em seus primeiros nove meses, em comparação com a ordenha convencional.
Além disso, o fazendeiro também acredita que os robôs aumentam a produção, trazem maior conforto às vacas, auxiliam na reprodução e contribuem para a boa saúde dos animais.
Veja como os robôs são usados no Brasil
Um dos pioneiros no uso de robôs no Brasil é o pecuarista Armando Rabbers, que instalou um Sistema de Ordenha Robotizada – VMS da DeLaval em sua propriedade ARM Genética, situada na região de Castro, no Paraná, em 2013. Desde então, ele vem ordenhando mais de 5,33 mil litros de leite por dia, com apenas 140 animais em lactação.
A ARM logo se tornou fazenda de ordenha robotizada com maior produção do país, com produtividade por animal acima de 40kg de média e 2.900kg por robô, um dos melhores índices do mundo.
O braço robótico do equipamento é capaz de limpar cada teto individualmente com água e ar e depois estimulá-lo e secá-lo antes da ordenha. Câmeras ópticas associadas ao laser duplo garantem a localização rápida e precisa dos tetos para a colocação das teteiras e uma ordenha precisa.
O sistema VMS DeLaval também oferece maior controle e precisão das informações do rebanho e integração total para otimizar a gestão na fazenda. Um medidor de leite registra o tempo, o rendimento, o fluxo, a condutividade e a presença de sangue no leite. No caso de alguma anormalidade, há um desvio automático do produto.
Com esses recursos, o sistema permitiu que o foco da propriedade passasse a se concentrar em atividades mais estratégicas, como gerenciamento, manejo sanitário e nutricional do rebanho.
Entenda como funciona o sistema em carrossel
Um equipamento de ordenha giratória de alta tecnologia importado dos Estados Unidos vem sendo utilizado com sucesso na fazenda Colorado, de Araras (SP). Uma das maiores produtoras de leite do Brasil, a propriedade tem 1.650 vacas em lactação, que produzem diariamente uma média de 35 litros de leite por vaca.
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Considerado um dos sistemas de ordenha mais eficientes da atualidade, o equipamento da empresa alemã GEA funciona como se fosse um carrossel. Ele ordenha 72 vacas em menos de 15 minutos e é capaz de extrair 70 mil litros de leite por dia.
As vacas não recebem ração na ordenha, apenas caminham sozinhas para o carrossel quando sentem necessidade de aliviar o leite do úbere. O animal entra em uma plataforma giratória dividida por grades e é acomodado na ordenhadeira para a retirada do leite.
O equipamento também faz a higienização e ajuda no controle da saúde das vacas. As tetas são higienizadas com um desinfetante a base de iodo e depois são enxugadas com papel toalha. O teste de mastite é feito no piso do carrossel. Todos os animais têm um aparelho preso na pata traseira capaz de emitir um sinal para o computador, que monitora o seu desempenho.
O sistema registra a produção e o leite é canalizado diretamente para o laticínio situado ao lado do carrossel. Nesse setor, o produto é pasteurizado, homogeneizado e envasado. Quando o giro do carrossel é finalizado, o conjunto de ordenha é retirado automaticamente e o animal é liberado para saída.